Leão XIII marcou a Igreja Católica com a doutrina social; Leão XIV, o primeiro papa americano, promete continuidade e reformas. 5g6c

O Papa Leão XIII, nascido Vincenzo Gioacchino Raffaele Luigi Pecci em 1810, foi líder da Igreja Católica de 1878 até sua morte em 1903, aos 93 anos, sendo um dos papas mais longevos da história. Conhecido como o “papa dos operários”, Leão XIII enfrentou o desafio de conduzir a Igreja em um período de grandes transformações sociais e políticas, como a industrialização e o fortalecimento dos Estados-nação.

Seu pontificado foi marcado pela publicação da encíclica Rerum Novarum em 1891, que estabeleceu os fundamentos da doutrina social da Igreja, abordando justiça social e direitos dos trabalhadores, temas ainda atuais.

Antes de ser papa, Pecci teve uma carreira diplomática e eclesiástica destacada, incluindo o cargo de núncio apostólico na Bélgica e bispo de Perúgia. Sua formação em filosofia, teologia e direito contribuiu para sua visão ampla sobre os desafios da Igreja frente ao mundo moderno.

Em 2025, a eleição do Papa Leão XIV, o primeiro papa americano, representa um momento histórico para a Igreja Católica. Robert Francis Prevost, nascido em Chicago, é visto como um reformista que deve dar continuidade à linha progressista do papa Francisco, apesar de ser americano e o contexto político conservador dos Estados Unidos. Sua escolha sinaliza um contraponto às influências conservadoras ligadas a figuras como Donald Trump, reforçando a busca do Vaticano por uma Igreja mais aberta e reformista.

Assim, o legado de Leão XIII, com sua ênfase na justiça social e adaptação da Igreja às mudanças do mundo, encontra um possível continuador em Leão XIV, que deve equilibrar tradição e inovação para responder aos desafios atuais da Igreja Católica global.