Novo papa, Leão XIV, enfrenta questionamentos sobre sua atuação em casos de abuso sexual envolvendo padres nos Estados Unidos e no Peru, reacendendo debates sobre transparência e responsabilidade no Vaticano. 2q4k1g

A eleição do cardeal norte-americano Robert Francis Prevost como papa Leão XIV trouxe à tona uma série de polêmicas envolvendo sua atuação em casos de abuso sexual dentro da Igreja Católica. O novo pontífice, primeiro papa nascido nos Estados Unidos, já foi criticado por supostamente acobertar denúncias de abusos cometidos por membros do clero tanto em seu país natal quanto no Peru, onde atuou por quase duas décadas.

Em Chicago, Prevost liderou a Província Agostiniana no início dos anos 2000, período em que um padre acusado de abusar de menores foi autorizado a se hospedar em um mosteiro próximo a uma escola católica. Ativistas afirmam que a escola não foi alertada sobre os riscos, o que gerou revolta entre familiares e membros da comunidade. O Vaticano nega que Prevost tenha autorizado a hospedagem, mas o caso segue sem esclarecimento definitivo.

No Peru, onde Prevost foi bispo de Chiclayo, três mulheres o acusam de não investigar adequadamente denúncias de abuso sexual envolvendo dois padres da diocese. Segundo relatos, a diocese teria pago US$ 150 mil às vítimas para silenciá-las, acusação negada pela Igreja. O Vaticano afirma que as investigações foram abertas e conduzidas conforme as normas canônicas, mas críticos alegam que houve omissão e falta de transparência durante o processo.

A repercussão dos casos de abuso sexual na Igreja Católica é um tema sensível e recorrente, especialmente diante das expectativas de fiéis e da sociedade por maior rigor e justiça nas apurações. A chegada de Leão XIV ao comando do Vaticano reacende o debate sobre a necessidade de políticas mais firmes de combate aos abusos e de apoio às vítimas, além de pressionar por mais clareza nas ações da cúpula eclesiástica.

Apesar das críticas, apoiadores de Leão XIV destacam seu trabalho com comunidades vulneráveis e migrantes, além de sua experiência istrativa em cargos de destaque no Vaticano. No entanto, a palavra-chave “abuso sexual na Igreja” continua central no noticiário internacional, mantendo a pressão sobre o novo papa e a instituição católica para que medidas efetivas sejam tomadas em relação à crise de abusos.