Funcionários relatam pressão psicológica, ambiente hostil e ausência de e por parte das empresas. Especialistas alertam sobre os direitos trabal
Funcionários relatam pressão psicológica, ambiente hostil e ausência de e por parte das empresas. Especialistas alertam sobre os direitos trabalhistas e formas de denúncia. 6s3338
Nos últimos meses, têm se multiplicado os relatos de trabalhadores em Araras (SP) que denunciam práticas recorrentes de assédio moral dentro do ambiente corporativo. Entre os principais problemas apontados estão a pressão psicológica, a humilhação diante de colegas e a falta de posicionamento das empresas diante de condutas abusivas.
Em um dos relatos recebidos pela redação, uma funcionária contou que, após retornar de licença-maternidade, ou a ser alvo de perseguições no ambiente de trabalho. Segundo ela, há uma clara diferenciação no tratamento entre os colaboradores, onde alguns são beneficiados por laços com a chefia e outros enfrentam comportamentos abusivos que visam forçar uma demissão voluntária.
Diante do desgaste emocional, alguns trabalhadores precisaram se afastar por questões de saúde mental, recorrendo a acompanhamento psicológico e psiquiátrico. A falta de e institucional e o silêncio diante de conflitos internos agravam ainda mais o cenário.
O que é assédio moral no trabalho?
Assédio moral é toda e qualquer conduta abusiva e repetitiva que atente contra a dignidade ou a integridade psíquica do trabalhador, causando-lhe humilhação, constrangimento e sofrimento. Pode ocorrer de forma direta ou sutil, através de críticas constantes, isolamento, sobrecarga de tarefas ou exclusão de atividades, por exemplo.
Como agir diante do assédio moral
Segundo o advogado trabalhista Leonardo Silva, o primeiro o é reunir provas. “É essencial guardar mensagens, e-mails, gravações, testemunhos e qualquer evidência que comprove o comportamento abusivo”, orienta.
Além disso, é recomendado que a vítima comunique formalmente à empresa — por e-mail ou carta registrada — relatando o ocorrido. “Isso força a organização a tomar conhecimento oficial do problema e pode gerar uma obrigação de agir”, explica.
Caso não haja resposta ou providências internas, o trabalhador pode procurar o Ministério Público do Trabalho (MPT), sindicatos ou ingressar com uma ação na Justiça do Trabalho. “A legislação prevê indenizações por danos morais e a responsabilização da empresa nos casos comprovados de omissão ou conivência”, reforça o advogado.
O apoio psicológico também é fundamental. Em casos mais graves, o afastamento médico pode ser necessário, com garantia de direitos previdenciários e auxílio-doença.
Um problema que precisa ser debatido
Falar sobre assédio moral é necessário para romper o silêncio e proteger a saúde mental dos trabalhadores. Empresas que ignoram esse tipo de conduta não apenas falham com seus colaboradores, mas expõem-se a sérias consequências jurídicas e de imagem.
A conscientização, o acolhimento das vítimas e a promoção de ambientes de trabalho saudáveis são medidas urgentes para combater esse mal cada vez mais presente no cotidiano profissional.
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